Ambientes harmônicos e facilitadores
A tensão do nosso dia a dia acaba nos colocando diante de diversas situações – muitas vezes sequer nos damos conta disso – onde nos envolvermos em situações, cuja tonalidade são vivências em torno de problemas.
A capacidade de lidar de maneira adequada com os conflitos que surgem – tanto no ambiente corporativo como nas experiências pessoais – é uma das maiores demandas por profissionais no atual cenário das estruturas corporativas.
Deixou de ser uma atividade voltada para o “alto escalão” e passou a ser uma habilidade necessária para os mais diversos cargos que envolvam algum tipo de liderança.
O desafio – crescente a cada dia – é como “gerenciar” as divergências que surgem?; como solucionar ou amenizar de maneira mais adequada possível?; e, ainda, como extrair uma experiência que possa representar um resultado possível de se traduzir em aprendizado para novas experiências que certamente irão surgir?.
Vamos tratar apenas dos denominados “conflitos corporativos/organizacionais” Eles se apresentam normalmente de três formas:
- interpessoais: entre duas ou mais pessoas que divergem sobre determinados assuntos;
- interinstitucional(interno): quando além das divergências pessoais também aparecem incompatibilidades com as políticas desenvolvidas pelo empreendimento (cultura, valores, missão…)
- interinstitucional(externo): além das questões afetas às atividades do próprio empreendimento, ocorrem incompatibilidades com outras empresas.
Algumas dicas podem contribuir para atuar como “gestor” de situações problemas, seja na solução seja no “controle” de conflitos.
- Compreender bem o cenário onde as relações conflitosas estão acontecendo, procurando identificar os personagens e de que maneira eles estão envolvidos;
- Ouvir atentamente o que cada um dos envolvidos tem a dizer, evitando antecipar opiniões e interpretações;
- Elaborar um resumo sobre o cenário verificado, identificando os pontos que podem contribuir para solucionar ou ao menos amenizar as situações;
- Manter uma postura sempre racional, demonstrando um tratamento igualitário às pessoas envolvidas (demonstrar algum favoritismo pode simplesmente levar por terra todo o trabalho);
- Estimular o diálogo, trabalhar ferramentas como a empatia e propor reflexões de como lidar com a perspectiva “do outro”;
- Estimular para que as próprias pessoas em conflito possam ao menos apontar eventuais soluções; com isso elas se sentem valorizadas e acabam se comprometendo com os resultados;
Não podemos nos enganar, não é tão simples como parece. Mas não há dúvida que esta é uma das habilidades mais valorizadas do mercado atualmente, com o nível crescente de tensões a que todos estamos sujeitos, isso não poderia ser diferente.
Estudo, dedicação, solicitude, altruísmo, disposição para trabalhar em equipe, proposituras reflexivas, postura firme quanto aos resultados… são algumas das atitudes que podem contribuir para nossa atuação como “gestores de conflitos”.